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Calçados para vencer

sábado, 26 de janeiro de 2008
Calçados para vencer

Portugal assume objectivo de ser a principal potência no sector

Depois de passar de importador de tecnologia para exportador e líder mundial em alguns segmentos, o sector do calçado procura, agora, afirmar-se, como o maior exportador europeu e principal criador de tendências de moda.

Combater a concorrência espanhola e italiana e tornar-se a principal referência internacional no sector, é o objectivo principal que levou ao lançamento, este mês, da maior ofensiva promocional de sempre, numa campanha de €8 milhões que envolve 140 empresas e mais de 30 acções em 15 mercados, é um dos passos para avançar neste caminho. Mas a fileira está, também, a ultimar acções nas áreas da qualificação de recursos humanos, inovação e cooperação empresarial.

O novo Plano Estratégico para 2007-2013 que assume a internacionalização como pilar estrutural. É um percurso que exige à indústria nacional a abordagem de novos mercados como a Rússia, China, Japão e Angola para continuar a ganhar dimensão e diversificar uma carteira de clientes onde a UE ainda pesa 90%.

Animada pelo crescimento de 2,5% nas exportações no ano passado, para um valor próximo dos €1,2 mil milhões, a APICCAPS acredita que os sapatos «made in Portugal» poderão continuar, assim, a ganhar quota de mercado a Itália e Espanha, os seus dois principais concorrentes.

Ocupando o terceiro lugar no  ranking das exportações europeias e sétimo a nível mundial, Portugal tem já na marca própria 60% das vendas ao exterior e os industriais acreditam ter, ainda, uma boa margem para progredir neste segmento.

A subida do preço médio dos sapatos portugueses, agora nos €18,6 por par, a mostrar que o sector conseguiu reformular o seu modelo de negócio para se impor pela qualidade, inovação e design. Cada vez mais longe do perfil de país produtor de mão-de-obra barata, onde a China continua imbatível, com os seus €2,5 por par, Portugal apresenta o segundo preço médio mais elevado entre os 10 maiores exportadores mundiais, atrás dos €20 de Itália, mas já afastado dos €13 de Espanha.



Fonte: Expresso, 26.Jan.08
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