Atualmente a Sustentabilidade empresarial e as respetivas práticas ESG são fatores de competitividade, diferenciação e de acesso ao capital. Para responder a este desafio, existem plataformas de reporte de práticas ESG que são usadas tanto pelas PME como pelos bancos.
Qual a Importância das Práticas ESG para as PME?
As empresas são cada vez mais pressionadas a apresentarem práticas de gestão sustentável nas áreas do Ambiente, Social e de Governação – na gíria anglo saxónica ESG (Environmental, Social and Governance).
As grandes empresas já sujeitas à Diretiva de Reporte Não Financeiro (DRNF) têm a obrigatoriedade legal de reportar as suas práticas, existindo já normas europeias e indicadores específicos que essas empresas têm de utilizar e divulgar.
As PME em Portugal têm vindo a sentir pressão dos seus clientes, investidores e financiadores para incorporarem os temas ESG na sua estratégia, políticas, práticas e indicadores de gestão.
Na realidade, muitas empresas clientes de PME, bem como bancos e financiadores, começam a criar sistemas de avaliação interna para atribuir uma notação ou ranking ESG às PME, o que transforma os temas ESG em fatores competitivos e de diferenciação das empresas.
O Calendário ESG para as PMEs
Esta exigência de mercado sobre as PME surge de forma mais premente num contexto Europeu, mas trata-se de uma tendência mundial. Os bancos enfrentam um contexto regulamentar mais exigente em que o financiamento tem que considerar dados ESG.
A ausência destes dados por parte das empresas pode condicionar o seu acesso ao financiamento e, inversamente, a existência de alguns indicadores será encarada como um sinal de crescente maturidade.
Já em 2024, por força do calendário regulamentar, é expectável que seja solicitado às empresas com exposição bancária o fornecimento de informação ESG, no âmbito de processos de atribuição de crédito.
A Gestão pelos Bancos do ESG
Uma vez que os temas ESG, em particular o tema das alterações climáticas, são um risco financeiro para os bancos, estes têm de desenvolver processos internos para o minimizar.
Assim, e por exigência Europeia, todos os bancos com atividade na Europa terão de divulgar um novo indicador - Green Asset Ratio (GAR) - que reflete a proporção dos créditos concedidos a grandes empresas referentes a atividades alinhadas com a Taxonomia Verde Europeia. Na prática, essas atividades são alinhadas com critérios de tecnologia e científicos que permitem classificar a empresa como “empresa verde” e que são definidos pela Comissão Europeia. Este indicador vai ser alargado às PME, sendo necessário que estas consigam desta forma também reportar as suas práticas de ESG, bem como a % de volume de vendas, % de custos operacionais e % de investimento que está alinhado com a Taxonomia Verde da EU, de forma anual.
SIBS promove formação para as PME
A SIBS está atualmente a liderar o projeto em colaboração com diversos bancos nacionais, permitindo que todas as empresas em Portugal reportem as suas informações ESG através de um único portal tecnológico. Esta inovadora abordagem elimina a necessidade de as empresas enviarem informações distintas a diferentes bancos.
A APICCAPS e o CTCP aliaram-se ao ESG Ecosystem, projeto promovido pela SIBS. Assim, durante o primeiro semestre de 2024, a SIBS vai promover várias sessões de formação que explicarão às empresas como preencher os questionários, ajudando-as a identificar, numa fase seguinte, os processos, políticas, práticas e indicadores que deverão conseguir desenvolver para poderem apresentar um nível de gestão sustentável que aumente a respetiva competitividade.
Consultar o
plano de formação da SIBS AQUI
CTCP apoia as empresas a aplicar práticas ESG
Para empresas de menor dimensão que estão a entrar pela primeira vez no universo da sustentabilidade, a vasta e intrincada estrutura regulatória, somada ao conhecimento acumulado ao longo dos anos pelas grandes corporações que voluntariamente relatam as suas práticas sustentáveis, pode tornar a adaptação uma tarefa desafiadora. No entanto, essa transição está longe de ser impossível.
Para fortalecer a abordagem ESG, consideramos diversas sugestões para iniciar a definição de métricas, que incluem:
- Implementação de Sistema de Gestão Ambiental – Norma ISO 14001;
- Implementação de Sistema de Gestão de Responsabilidade Social – Norma SA 8000;
- Certificação B-Corp;
- Implementação de Sistema de Gestão da Conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal – Norma NP 4552;
- Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade.
O CTCP possui os recursos adequados para apoiar as empresas e poder ajudá-las a superar estas dificuldades, proporcionando o conhecimento e os meios necessários para iniciar e implementar uma gestão sustentável em conformidade com a Diretiva CSRD. Para mais informações, contacte-nos através do e-mail:
[email protected]
Recentemente, o CTCP promoveu um webinar Relatórios de sustentabilidade com a SIBS (Ver vídeo do Webinar
AQUI)