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Josefinas portuguesas aumentam vendas em 50% e escoam para 60 países

quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Josefinas portuguesas aumentam vendas em 50% e escoam para 60 países

O México e Hong Kong são alguns dos principais destinos no mundo para onde são exportados os milhares de modelos de Josefinas.
A
marca portuguesa Josefinas, que criou “a sabrina mais cara do mundo” no
valor de 3379 euros, aumentou as vendas de calçado em 50% no primeiro
semestre do ano e está a exportar para 60 países.

“O aumento de
volume de negócios no primeiro semestre deste ano é de cerca de 50% em
relação ao período homólogo de 2018”, avançou à agência Lusa Maria
Cunha, uma das fundadoras da jovem marca portuguesa, que celebra este
ano o 7.º aniversário.

 O negócio das Josefinas, fundado pela
dupla de amigas Maria Cunha e Filipa Júlio, tem-se vindo a afirmar no
mercado mundial, criando umas sabrinas especiais feitas à mão por
costureiras e sapateiros, numa pequena fábrica de calçado edificada em
Nadais, a Norte de Portugal.

O México e Hong Kong são alguns dos
principais destinos no mundo para onde são exportados, por correio
normal, os milhares de modelos de Josefinas, inspirados ora no ballet
russo, ora na literatura árabe das Mil e uma Noites, ora na obra de
literatura infantil de Lewis Carol Alice no país das Maravilhas.

Desde
que a influencer das redes sociais Chiara Ferragni calçou umas sabrinas
Josefinas que “as vendas dispararam”, especialmente no México, revelou
Maria Cunha.

Ao contrário do México, cujas Josefinas predilectas
são sapatilhas, em Hong Kong o best seller são as sabrinas, onde a
escolha é entre mais de 100 modelos, desde o Black Lisbon, Paris,
Safari, Rainha de Copas, Moscovo, Opium, Show Girl, até ao mais recente,
o Burel Couture Black, com um material oriundo da Serra da Estrela que é
“sustentável, português, termorregulável e confortável”, descreve Maria
Cunha.

Na Europa, Portugal é o país melhor posicionado no
ranking dos que mais compram a marca que já ganhou recomendações de
revistas de moda consagradas como a Vogue, Elle ou Grazia, mas o Reino
Unido vem logo a seguir, bem como a Suíça e Alemanha, contou a
fundadora, referindo que os EUA são outro país importante para as
exportações da marca made in Portugal, visto que absorve actualmente
“20% da produção total”.

A marca Josefinas, que entrou no mercado
mundial em 2013, não pretende criar lojas físicas. O plano para o
futuro é continuar a desenvolver os eventos pop-up de um dia em Portugal
e avançar para a internacionalização desses pop-up em 2020, revelou.
“Queremos avançar com a internacionalização das pop-up”, acrescentou,
recordando que já o fizeram em Londres (Reino/Unido) e querem continuar
essa experiência.
Além de desenvolver o negócio dos sapatos, a marca
portuguesa associou-se recentemente à Associação Portuguesa de Apoio à
Vítima (APAV) e vai lançar no próximo dia 25 de Novembro, Dia
Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, um modelo
de sabrinas pretas e brancas especialmente concebidas para chamar a
atenção para o problema social da violência contra o género feminino.

“Não
bater” ou “Não envergonhar” são algumas das mensagens que vão estar
escritas nas tradicionais etiquetas colocadas no vestuário que por norma
têm informação sobre a composição têxtil. O negócio das sabrinas feitas
à mão por costureiras e sapateiros do Norte de Portugal entrega uma
parte da receita à organização humanitária “Women for Women
International (WfWI)”, para ajudar mulheres em perigo. A WfWI dá o apoio
necessário às mulheres para abrirem um negócio próprio ou para terem
formação e aprenderem uma profissão.
As Josefinas nasceram em
homenagem à mulher e avó de nome Josefina, que acompanhava Filipa Júlio,
uma das fundadoras da marca, nos passeios que dava pelas ruas da cidade
do Porto.

Fonte: publico.pt/
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