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CTCP e APICCAPS promovem Dia Aberto na Indústria do Calçado

segunda-feira, 1 de julho de 2024
O calçado foi à escola
CTCP e APICCAPS promovem Dia Aberto na Indústria do Calçado

No passado dia 22 de junho, numa perspetiva de demonstrar o trabalho realizado, que procurou estimular a criatividade dos alunos, a APICCAPS e o Centro Tecnológico do Calçado promoveram o Dia Aberto, no Centro Tecnológico do Calçado, em São João da Madeira.

No âmbito das atividades previstas, o Centro Tecnológico do Calçado abriu as portas e os alunos e famílias tiveram oportunidade de visitar o laboratório, participaram em experiências elaboradas em contexto de sala de aula (puzzle, quiz, experiência de óculos virtuais e participação em jogos digitais temáticos), visitaram a exposição de ilustrações realizadas em contexto de sala de aula pelos alunos do 1ºciclo, exploraram a exposição de poemas e esculturas de sapatos realizadas pelos alunos com materiais reciclados.

“Neste dia, celebramos não apenas uma indústria vital para a nossa economia, mas também a capacidade de os nossos jovens em abraçar e inovar neste setor tao dinâmico e competitivo”, defende Luísa Correia, diretora-geral do CTCP. “O calçado não é apenas um acessório. É expressão de identidade, cultura e tecnologia. E quem melhor para trazer novas perspetivas a este campo do que os nossos jovens, cheios de ideias frescas e entusiasmo?”

Ora, com o objetivo de promover a criatividade e a cooperação familiar, a APICCAPS lançou o concurso Caixa Mágica, onde os alunos e as famílias foram desafiados a criar esculturas de sapatos com materiais reciclados. No total, foram enviadas mais de 70 esculturas, oriundas das cinco cidades onde o projeto foi implementado, e foram atribuídas 3 distinções aos melhores trabalhos de cada cidade.

Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes Irene Guimarães, vereadora da Câmara Municipal de São João da Madeira, Ana Madeiros, vereadora da Câmara Municipal de Guimarães e Rui Luzes Cabral, vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis.

“A sensibilização é muito importante para que as nossas crianças possam ser agentes ativos desta indústria no futuro, para continuemos a ser uma referência nacional e mundial”, defendeu Rui Cabral. O vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis considera “essencial quando estes projetos ligam as crianças com a indústria real. Podíamos comparar este projeto a uma corrida de testemunhos: estamos a dar bom testemunho e os nossos jovens têm um papel fundamental”.

Para a vereadora vimaranense, “pais criativos são pais que se dedicam à educação dos seus filhos e esse é um dos principais objetivos deste projeto”. Mas, continua Ana Madeiros, “para alem da função pedagógica, sendo representantes de concelhos de forte concentração da indústria de calçado, temos uma função empresarial e do futuro profissional das nossas crianças”.

“Este projeto é absolutamente notável. Porque é na raiz que a Árvore nasce. Sabemos que demora tempo, mas este projeto vai certamente gerar frutos. Dar cola, num futuro próximo, significará usar um braço robótico, é programação, é informática. Esse é o futuro que estamos hoje a demonstrar. A formação profissional é um caminho e ainda existe um grande estigma relacionado com este tipo de ensino. Nós precisamos de profissionais e de bom profissionais, de pessoas que ajudem a impulsionar o setor do calçado”.

Mas a questão que se coloca é: Como chegar lá? Ana Madeiros considera que “apenas através da escola. São as crianças que nos obrigam a pensar diferente. vimos hoje obras fantásticas e muito criativas. É possível fazer mais e melhor e acima de tudo, de fazer diferente”.

“Este projeto veio enriquecer tudo que já existia na nossa cidade, sustentando-o na ligação entre as escolas, as crianças, a indústria de calçado e as pessoas”, defendeu Irene Guimarães. A vereadora da Câmara Municipal de S. João da Madeira acredita que “este projeto é crucial para dar a conhecer o trabalho esta indústria nas cidades onde esta implementando. Aquilo que nos cumpre hoje é aproveitar este trabalho desenvolvido nas escolas e que envolveu professores e famílias, e passar o testemunho”.


CTCP apresenta Shoegame: Primeiro Jogo sobre a indústria de calçado

No âmbito do  dia aberto, Rita Souto, diretora da unidade de formação do CTCP apresentou aos participantes o projeto Erasmus+ SHOEGAME, no qual foi desenvolvido um jogo sério ShoeGAME, uma ferramenta educativa emocionante que permite aos alunos explorar a indústria do calçado de forma interativa e divertida. Combinando educação e entretenimento, o ShoeGAME é uma maneira eficaz de atrair o interesse dos jovens e promover a conscientização sobre as oportunidades da indústria do calçado.

Com uma abordagem lúdica, os jovens têm a oportunidade de explorar os diferentes aspetos da produção de calçado, desde o design até ao fabrico, de uma forma divertida e educativa.
O jogo, concebido após mais de dois anos de trabalho e pesquisa, já foi testado em várias escolas em Portugal, Espanha, Grécia e Roménia e o feed-back por parte dos alunos e professores tem sido muito positivo.

Para apoiar ainda mais os professores e formadores, o projeto desenvolveu ferramentas de apoio específicas, disponíveis em shoegame.eu.

Para além de poder ser integrado em programas ecolare em sala de aula, o jogo pode ser jogado de forma livre. Está disponivel online no website do projeto (aceder AQUI.)

Calçado envolve 78 escolas e 1900 alunos em Roteiro do Conhecimento

Numa primeira fase, as iniciativas dirigiram-se a alunos do 1º ciclo e pretenderam “divulgar o potencial da indústria do calçado”, “valorizar o território e atividades locais” e “potenciar a indústria local”.  Mais tarde, foram abordados os alunos do 2º e 3º ciclo, apresentando-lhes a fábrica do futuro.

“À medida em que o setor de calçado e de artigos de pele vá evoluindo para novos patamares de excelência, a contratação de profissionais altamente qualificados é uma prioridade”, considera Luís Onofre. Para o Presidente da APICCAPS, “continua a existir na sociedade um conjunto de estereótipos relacionados com os setores industriais que importa desmistificar. Ainda que não seja um problema exclusivamente português, há um trabalho de proximidade a desenvolver". Luís Onofre destacou, igualmente, “o papel absolutamente decisivo desenvolvido pelas autarquias das zonas de forte concentração da indústria de calçado”.




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