Indústria de calçado europeia quer tornar-se líder em matéria de Sustentabilidade
A produção mundial de calçado continua a crescer, gerando cada vez mais emprego, novos modelos de negócio e oportunidades para promover a sustentabilidade. Assistimos, hoje, a uma proliferação de diversos rótulos e reivindicações “ecológicas” sem qualquer validação técnica fundamentada. Este tipo de comunicação é confusa para o consumidor e as empresas que querem produzir de forma verdadeiramente ecológica têm dificuldade em diferenciar os seus produtos e serviços no mercado.
Muitos fabricantes de calçado estão realmente interessados e empenhados em desenvolver e produzir sapatos mais ecológicos de forma sustentada, necessitando para isso de ferramentas adequadas.
A metodologia da Análise do Ciclo de Vida (ACV) do produto é bastante utilizada e útil, mas a não definição de algumas regras na sua aplicação poderá conduzir a resultados não comparáveis entre produtos da mesma categoria. O rótulo ecológico comunitário (Eco Label) é também uma ferramenta importante, mas não permite estabelecer uma diferenciação do desempenho ambiental dos produtos ou serviços. Por outro lado, o cálculo da Pegada de Carbono é uma ferramenta relevante para apoiar a melhoria interna das organizações no desenvolvimento do produto, mas não permite estabelecer o benchmarking. Na ausência de metodologias ou ferramentas que permitam estabelecer o benchmarking, a comparação e a rotulagem dos produtos, a Pegada Ambiental do Produto (PAP) poderá ser uma alternativa de grande relevância.
• Implementar o primeiro documento draft das Regras de Categoria de Pegada Ambiental do Calçado da EU;
• Validar modelos de negócios sustentáveis para reciclagem de plástico no cluster do calçado.
• Reduzir as emissões de gases com efeito de estufa de novos processos de fabrico em 15%;
• Reduzir os resíduos de polímeros usados na produção do sapato em cerca de 70%.
O LIFE GreenShoes4All (greenshoes4all.eu), é um projeto europeu liderado pelo Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, iniciado em outubro de 2018 e tem a duração de 4 anos. Em 2020, será aberta a oportunidade a empresas interessadas em testar a nova metodologia e abordagens de ecodesign nos seus produtos.
