No primeiro episódio de 2025 do CTCP Podcast, criado no âmbito do projeto BioShoes4All, trouxemos a estúdio António Macedo, fundador, sócio-gerente e CEO da Softideia, empresa de desenvolvimento de soluções de software de gestão industrial, sediada em Felgueiras.
Define-se como alguém que encontra prazer no trabalho, não considerando ser um defeito, mas uma virtude, e refere que a atuação da empresa que lidera tem “contribuído muito para a indústria do calçado”, enaltecendo ser “líder destacada” no setor, detendo na sua carteira de clientes “mais de 50% das maiores indústrias”.
Como fator-chave do crescimento da empresa, aponta a “flexibilidade muito grande no relacionamento com os clientes”, que fomentou o desenvolvimento do software industrial denominado SoftGI. “Adaptamos processos e ajudamos as empresas a organizarem-se”, explica, garantindo que atuam sempre “numa lógica de melhorar os processos sem desvirtuar o modus operandi das mesmas.
Considerando que “as pessoas não têm noção da complexidade do setor do calçado”, identifica os “pormenores muito importantes” para os quais o SoftGI está devidamente preparado. “Fomos evoluindo o programa ao longo de 30 anos. Temos mais de mil novas funcionalidades desenvolvidas nos últimos três anos, algumas bastante complexas”.
A Softideia integra o projeto BioShoes4All a convite do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP) e António Macedo saúda os “empresários do setor que consideram que o calçado tem de ‘dar o salto’ para a sustentabilidade”. “Integramos este consórcio com muito gosto. Teremos ferramentas para dar mais competitividade ao setor”, assegura.
Ao longo da conversa, fala de temas como a sustentabilidade, que deve começar pela económica, para não hipotecar a longevidade das empresas, ou “tudo o resto não será possível”, e ainda a rastreabilidade, “uma ferramenta muito importante que sempre foi necessária, mas nunca desenvolvida” até então.
António Macedo opina ainda que “menos processos e maior organização significa menos trabalho e não mais” e afia que o futuro ‘passaporte’ do produto “será uma mais-valia”, que potenciará a relação entre fabricantes, fornecedores e clientes.