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FAIST cria 300 novos postos de trabalho

segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Serão criados 300 novos postos de trabalho
FAIST cria 300 novos postos de trabalho

Está já em velocidade de cruzeiro o projeto mobilizador FAIST, o consórcio que engloba 45 copromotores e que se propõe desenvolver, até final de 2025, 34 produtos inovadores. De acordo com Florbela Silva, coordenadora do projeto, nos próximos meses, serão criados 300 novos postos de trabalho, 100 dos quais altamente especializados, nomeadamente quadros superiores.  

Com um orçamento que ronda os 50 milhões de euros, o projeto FAIST enquadra-se no PRR (Programa de Recuperação e Resiliência), engloba mais de quatro dezenas de parcerias com competências multidisciplinares incluindo universidades, empresas e instituições do sistema científico e tecnológico, e pretende, de acordo com Florbela Silva, “aumentar o grau de especialização da indústria portuguesa de calçado para novas tipologias de produto” e potenciar “a capacidade de oferta das empresas portuguesas de calçado através do reforço da capacidade de fabricar médias e grandes encomendas, utilizando processos de montagem mais eficientes”.

Para a diretora da unidade de Inovação e Fabrico Digital do CTCP, O FAIST “foi criado como resposta às necessidades do setor do calçado e marroquinaria, com um foco na preparação deste setor para os desafios futuros, apostando de forma decisiva nas tecnologias digitais e na sustentabilidade dos processos e produtos, visando uma maior eficiência e rentabilidade, resposta rápida ao mercado, melhoria das condições de trabalho e diferenciação do produto”. Acresce que importa “alargar o leque de especialização da indústria do setor com novas tipologias de produto baseados no conhecimento, aumentar a capacidade de oferta das empresas e inserção de Recursos Humanos (RH) qualificados”. O conhecimento, em particular, “será a nova base de recrutamento, contribuindo para a igualdade de género e de oportunidades, o reforço da coesão social nas zonas de implantação da indústria, com impacto no emprego, na fixação do emprego qualificado, nas exportações e no desenvolvimento regional mais sustentável; aumento da visibilidade e notoriedade do cluster do calçado que poderá ambicionar alargar a sua intervenção na cadeia de abastecimentos mundial”. Adicionalmente, importa “aumentar a produção nacional de bens de equipamentos e tecnologias avançadas, apostar no fabrico de produto sustentáveis e criação de linhas de produção automáticas”.

Para Florbela Silva importa com o FAIST “a reindustrialização e uso de processos de elevada produtividade que permitam às empresas fabricar pequenas, médias e grandes encomendas a preços competitivos, conseguindo entrar nas grandes cadeias de distribuição, que no passado se abasteciam em mercados mais baratos, como a Ásia”.

Fonte: APICCAPS
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