No setor do calçado, a dicotomia entre marca própria e private label representa um desafio significativo, com implicações tecnológicas que moldam o panorama das empresas portuguesas. Historicamente reconhecido como um país produtor de calçado de qualidade, Portugal viu-se impulsionado por marcas líderes europeias, as quais introduziram tecnologia, know-how e informação cruciais para a evolução das empresas.
As marcas próprias surgem como uma evolução natural após anos de atividade, estimuladas pela aquisição de competências e recursos através da produção em regime private label. A transição, no entanto, não é isenta de desafios. Apesar de representar um cenário desafiador, optar por ter uma marca própria pode oferecer diversas vantagens significativas. A gestão eficaz da marca própria implica uma abordagem estratégica em vários domínios, sendo crucial para a construção de uma identidade única, maior margem de lucro e um relacionamento direto com o consumidor. Por outro lado, o regime private label oferece uma abordagem mais pragmática, com menor risco inicial e uma produção mais focada nas especificações do cliente. As empresas que optam por esta via beneficiam da agilidade operacional, contudo podem encontrar limitações na construção de uma identidade de marca distinta.
Neste contexto, a implementação de tecnologias avançadas, como aquelas que estão a serem desenvolvidas no FAIST (sistemas de gestão de produto (PLM), web-based CAD e renderização online/offline), aparece como uma estratégia decisiva para superar estes desafios, promovendo uma produção mais ágil, integrada e adaptável às demandas do mercado. A procura por soluções inovadoras no setor do calçado torna-se, assim, não apenas uma necessidade, mas uma vantagem competitiva na procura por excelência e diferenciação.
Nessa perspetiva, no âmbito do projeto FAIST, o CTCP promoveu um webinar designado por "Marca Própria vs Private Label - Desafios tecnológicos", no dia 16 de janeiro (terça-feira), às 14h30. Nesta sessão, moderada pelo CTCP, as empresas convidadas partilharam os seus testemunhos sobre os desafios e as vantagens enfrentados nesta dicotomia, dando principal destaque à importância de uma gestão ágil e eficiente. O foco das suas intervenções irá recair sobre as implicações dessas escolhas nas áreas críticas de gestão, organização, desenvolvimento do produto e relacionamento com o cliente. O evento termina numa sessão de debate aberta, permitindo a interação entre oradores e participantes para discussão e esclarecimento de dúvidas.
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Este Webinar foi desenvolvido no âmbito do projeto FAIST - Fábrica Ágil, Inteligente, Sustentável e Tecnológica, investimento apoiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e pelos Fundos Europeus NextGeneration EU.
Para mais informação consulte o website recuperarportugal.gov.pt.
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