O Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP) elaborou e publicou um guia que teve como foco de estudo o Calçado como Dispositivo Médico, coordenado por Cristina Marques e Florbela Silva.
Definem-se dispositivos médicos no calçado os produtos desenvolvidos com o intuito de proporcionar suporte terapêutico, correção ortopédica, alívio da dor ou prevenção de problemas nos pés e nas pernas dos seus utilizadores, sendo também destinados a utentes alvo de tratamentos de condições existentes ou na prevenção de lesões ou desconfortos.
Também para corrigir problemas ortopédicos, como deformidades ou carências de locomoção, estes dispositivos podem – e em determinados casos devem mesmo – ser usados como complemento a terapias médicas e fisioterapias.
Neste guia, desenvolvido no âmbito do projeto ShoeDigInov, é dado o enquadramento da classificação do que é o calçado enquanto dispositivo médico e apresentados: palmilhas; calçado ortopédico, diabético, pós-cirúrgico, de compressão ou para pessoas com discrepância na altura das pernas; e ainda de suporte para artrite, antifadiga ou para profissionais de saúde.
São também elencadas todas as vantagens, entre as quais se destaca, em alguns casos, a isenção de impostos, como o IVA, em alguns países da União Europeia; e apresentadas as diferenças para com o calçado que detém especificações próprias, mas sem classificação de dispositivo médico.
Levantando um pouco o véu sobre o estudo, que pode descarregar AQUI, conclui-se que o setor de dispositivos médicos no calçado é promissor em Portugal, muito à boleia da implementação de inovações tecnológicas que irão alavancar o setor. Não obstantes, também enfrenta desafios, como a regulamentação e a competitividade internacional.