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APICCAPS e Vogue promoveram o calçado português em Nova Iorque

Conferência no âmbito da agenda FAIST

APICCAPS e Vogue promoveram o calçado português em Nova Iorque

A internacionalização do calçado made in Portugal é uma das premissas da APICCAPS para o futuro, ação através da qual pretende alavancar a presença do calçado português em todo o mundo, fomentando em simultâneo as exportações, o que levará ao crescimento de todo o cluster.

Têm sido várias as iniciativas estratégicas. A mais recente realizou-se em Nova Iorque, Estados Unidos, no âmbito da agenda mobilizadora FAIST – Fábrica Ágil, Inteligente, Sustentável e Tecnológica, com a associação portuguesa para o setor a unir-se à prestigiada Vogue Business, para navegar pela turbulência da produção global.

Na antecâmara do evento, o presidente da APICCAPS, Luís Onofre, reforçou a importância de o calçado português “continuar a crescer naquele que é o mais importante mercado de calçado do mundo”, mostrando “aos clientes norte-americanos que Portugal é um parceiro de negócio válido, versátil e que tem em curso investimentos significativos, seja na área da automação, robótica ou sustentabilidade”.

Segundo o World Footwear Yearbook, os Estados Unidos são o maior mercado mundial de calçado, sendo anualmente importados para o território norte-americano mais de 1.980 milhões de pares de calçado, em valores próximos dos 26 mil milhões de dólares – cerca de 23 mil milhões de euros.

No evento realizado em Nova Iorque, num momento particularmente delicado para as marcas de moda que produzem no exterior, com as tarifas a pesarem sobre as despesas operacionais e na confiança do consumidor, reuniram-se vários especialistas para esmiuçarem como as marcas estão a enfrentar estas adversidades – e para refletirem sobre como Portugal é, cada vez mais, uma opção atrativa para quem procura distinguir-se no mercado.

No dia 4 de junho, numa conversa moderada por Madeleine Schulz, repórter da Vogue Business, que reuniu Jonathan Cohen, fundador da marca homónima, Chris Echevarria, fundador e diretor criativo da Blackstock & Weber, e Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS, falou-se sobre como operar perante o cenário global, num momento de incerteza.

“Acreditamos no comércio internacional livre, justo e equilibrado. Pela primeira vez na história, estamos a assistir a uma negociação ao vivo em plena televisão. São tempos estranhos”, referiu Paulo Gonçalves, mostrando-se otimista quanto à ascensão de Portugal no mercado global. “Acreditamos que há espaço para um player como Portugal, especializado em produtos de qualidade, excelente design e preços justos”, enaltecendo todo o investimento feito pela APICCAPS no setor.

Já Chris Echevarria anuiu ser “muito mais fácil trabalhar em Portugal, um país sempre disponível para ajudar-te a conseguires o que precisas, sempre grato pela preferência e os preços são justos”.

Para o fomento da relação preço-qualidade, a tecnologia e a inovação são imprescindíveis. Imbuído no sentido de missão relativamente ao desenvolvimento de todo o cluster, surgiu o projeto FAIST, que agrega cerca de 60 parceiros, desde empresas de calçado, universidades, centros tecnológicos e empresas de software para desenvolver soluções para a produção de calçado, a partir da automação e da robótica.

“É possível otimizarmos os processos”, assegurou Paulo Gonçalves, destacando os benefícios relativos à redução do tempo e dos custos associados. “É uma das razões pelas quais as marcas internacionais estão a chegar a Portugal”, prosseguiu, corroborado por Chris Echevarria: “mais rápido é sempre melhor”.

Tendo o estrangeiro como destino para 70% da sua produção, Portugal encontra-se preparado para dar resposta a pedidos marcas internacionais. “Temos as competências, as tecnologias e o know-how. Na maioria das vezes, as marcas com designers mais jovens têm uma visão inovadora do mercado. É uma estratégia vantajosa para todas as partes”, finalizou o diretor de comunicação da APICCAPS.

Data Publicação: segunda-feira, 16 de junho de 2025
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