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A revolução sustentável

Wayz: ténis amigos do ambiente

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A revolução sustentável

A partir de 2020, a smart vai produzir apenas viaturas elétricas. À boleia dessa ideia, a marca criou uma plataforma que reúne projetos que partilham o respeito pela sustentabilidade ambiental.
O mundo está a mudar. Depois de anos a receber notícias sobre o mau estado da saúde do planeta, da invasão do plástico aos oceanos e da inconsciente emissão de dióxidos de carbono para a atmosfera, nota-se, a nível global, vontade de alterar este cenário.

As pessoas estão, finalmente, mais atentas e conscientes face às alterações climáticas provocadas por séculos de poluição, e são muitos os projetos dedicados à causa ambiental e com vontade de ajudar a tornar as cidades mais limpas e com energia positiva. Está na mão de todos ajudar.

Visão e compromisso

E nesta onda solidária para com o planeta, são inúmeras as empresas a apostar, e implementar, boas práticas ambientais, através da adoção de novos padrões de produção e filosofias sustentáveis.

Na vanguarda desta tendência está a smart, que a partir de 2020 vai deixar de produzir viaturas a combustão, passando a ser a primeira marca automóvel a nível mundial a converter a totalidade do seu portefólio em viaturas elétricas, preparando assim os seus modelos smart EQ fortwo e smart EQ forfour para o exigente desafio urbano, enquanto mostra aos seus clientes o caminho para a cidade do futuro.
Mas o compromisso da smart em ajudar a tornar o mundo mais sustentável não fica por aqui. A smart Portugal está a apostar numa filosofia empreendedora, através do apoio a projetos que partilhem desse espírito responsável e sustentável em diferentes áreas, como a moda, gastronomia ou design, reunindo-os e divulgando-os numa plataforma que pode ser visitada no site da marca.

Combater a pegada ecológica

Um desses projetos é a Wayz, uma startup sedeada no Porto que aposta na produção de ténis amigos do ambiente. “A ideia de criar uma empresa como a Wayz surgiu quando conheci o designer Daniel Gonçalves, quando ambos frequentávamos um curso de design de calçado. Em conversa, concluímos que ainda existem poucas marcas de sneakers portuguesas, e, da vontade de alterar esse cenário e da paixão comum por este tipo de calçado, fundámos, em 2018, a Wayz. A missão é criar e vender sapatilhas 100 por cento portuguesas, feitas de forma ética, com materiais locais e amigos do ambiente, transparência e a preços justos”, explica Pedro Maçana, gestor e um dos fundadores do projeto.

Segundo a notícia do jornal Observador, essa preocupação com a sustentabilidade faz com que todos os modelos da marca sejam feitos com materiais reciclados e biodegradáveis. " A sola é de borracha reciclada (70 por cento oriunda de sapatos usados); a palmilha é feita de uma mistura de lã, linho, madeira e látex (90 por cento biodegradável) e é forrada a pele de vaca, hipoalergénica e biodegradável em 15 dias, pois é produzida utilizando uma curtimenta vegetal, à base de plantas, e sem recurso a metais. Utilizamos também RPET (poliéster reciclado) para fazer os nossos sneakers, sendo os cordões de algodão”, enumera Pedro Maçana. “Todos os materiais são produzidos em Portugal e comprados a fornecedores locais. A única exceção é o RPET que, apesar de ser comprado em Portugal, é produzido pela SEAQUAL, uma empresa espanhola, que recupera plástico do mar mediterrâneo e o recicla, transformando-o em fio, que depois dá origem ao têxtil que utilizamos nas sapatilhas. Enquanto marca, queremos passar ao consumidor a ideia de que é urgente partilhar a responsabilidade de mudar os hábitos de consumo atuais, produzindo e consumindo de forma consciente, ou seja, menos quantidade e melhores produtos”, adianta.

Inspiração e design
Sendo representantes de uma marca local, orgulhosamente do Porto, é nas ruas sinuosas e estreitas da nossa cidade, e nas curvas e pontes do Douro, que resgatamos a inspiração para as nossas sapatilhas”, confessa Pedro Maçana. “Além disso, acreditamos que cada modelo deve ser desenhado a pensar nas pessoas e nas suas vidas ou personalidade. Temos opções para aqueles que amam a vida e os seus prazeres (The Hedonist); para os mais errantes e apreciadores da liberdade (The Wanderer), para quem sente que tem alma irreverente (The Misfit); ou para aqueles que apreciam a diversidade e a autenticidade (The Sonder). Outras das particularidades da Wayz é que todos os nossos modelos são unissexo, intemporais e sem sazonalidade, desenhados e concebidos para durar”.
Os criadores desta marca acreditam ainda que os seus modelos “transportam uma mensagem, Walk Your Way, uma espécie de apelo à vida com sentido e autêntica, em que vivemos de forma consciente, seguindo o nosso caminho, os nossos sonhos e paixões, respeitando o planeta e as pessoas. Essa mensagem está escrita na palmilha de cada sneaker”.
Comércio justo e solidariedade

Outra das grandes apostas da marca é vender um produto de grande qualidade a um preço justo. E segundo Pedro Maçana, esse objetivo é cumprido: “Temos uma cadeia de abastecimento local e não recorremos a intermediários, além dos fornecedores de componentes e fabricantes. Neste momento, os nossos modelos estão à venda no nosso site da Wayz e em algumas lojas. No Porto, estamos, até 15 de fevereiro na Hello, no Bonfim, uma loja pop-up, e na Feeting Room (Largo dos Loios). Em Lisboa, encontram os Wayz na Feeting Room (Chiado), na Naz Concept Store (Lx Factory) e na Fair Bazaar (Edifício Embaixada, no Príncipe Real). Estamos também nas lojas Kollect, no Fórum Viseu e Fórum Coimbra”.

Mas, além da responsabilidade ecológica, a Wayz quer alargar o seu contributo à esfera social, solidariedade e justiça social. “O nosso slogan Walk You Way é, acreditamos, um incentivo a que sigamos os nossos sonhos e paixões, mas também encerra a vontade de ajudar aqueles que se perderam no ‘seu caminho’ e dar-lhes as bases para voltarem ao ‘rumo certo’, e a uma vida com sentido. Por isso, dizemos que os Wayz são sneakers com pegada humanista, pois preocupam-se com o planeta e com as pessoas. Nesse sentido, um por cento das vendas é doado à SAOM – Serviços de Assistência Organizações de Maria, uma instituição do Porto, que faz, há décadas, um trabalho fabuloso com as comunidades mais desfavorecidas da cidade”, sublinha Pedro Maçana.

Fonte: https://observador.pt
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