É um dos eventos de moda mais relevantes do mundo e o calçado português subiu a palco. Na Met Gala, cujo objetivo passa pela angariação de fundos para o Metropolitan Museum of Art – localizado na 5.ª Avenida, em Nova Iorque, tem mais de dois milhões de obras –, o músico Maluma e o designer Willy Chavarria optaram por calçar sapatos portugueses, da marca Carlos Santos.
Após ter estado representado na cerimónia dos Óscares e em séries televisivas internacionais, a presença do calçado português na Met Gala reforça o prestígio que o setor tem conquistado além-fronteiras. Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da APICCAPS, fala da importância de “mostrar aos clientes norte-americanos que Portugal é um parceiro de negócios válido, versátil e que alia o saber-fazer a um design contemporâneo”. “Estamos no mercado americano para ficar”, assegura.
Perante a agitada conjuntura económica, a associação portuguesa do setor do calçado reforça a sua presença e as suas atividades no estrangeiro. Para a segunda metade do ano, projetam-se atividades como a realização de uma conferência, em junho, com a Vogue americana, a participação em certames profissionais, a realização de missões de compradores, parcerias com escolas de moda, presença na semana de moda de Nova Iorque, ou o patrocínio a figuras públicas.
Segundo o World Footwear Yearbook, os Estados Unidos são o maior mercado mundial de calçado, importando anualmente mais de 1.980 milhões de pares de calçado, em valores próximos dos 26 mil milhões de dólares.
Tradicionalmente, a China é o maior fornecedor, com uma quota próxima dos 60% (equivalente a 1200 milhões de pares), seguida do Vietname, com 23% (461 milhões de pares) e Indonésia, com 6% (129 milhões de pares), em 2023.
Para Portugal, os Estados Unidos são um mercado estratégico, perfilando-se atualmente como o sexto destino das exportações nacionais. Ao longo da última década, as vendas para os states duplicaram, atingindo valores próximos dos 100 milhões de euros, no final de 2024. “Ainda que já exportemos mais de 90% da produção para 170 países, consideramos o mercado norte-americano estratégico e a grande aposta da indústria portuguesa de calçado para a próxima década”, sublinha Paulo Gonçalves.
Fonte: APICCAPS
