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Existirá procura suficiente para uma oferta Vegan?

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Existirá procura suficiente para uma oferta Vegan?

A resposta é afirmativa e reflete-se num mercado em contínuo crescimento e que se tem tornado bastante popular em alguns países, tais como os Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, Reino Unido, Bélgica e Alemanha, em que o seu impacto é diversificado, aplicando-se a várias faixas etárias e a ambos os géneros.

Numa primeira linha de ação, o mercado está aberto à oferta ao nível da alimentação, mas depois vem todo um espaço, onde o calçado e o vestuário assumem bastante importância. Com o avanço exponencial do mercado fast-fashion, o movimento Vegano ganha cada vez mais força, argumentos e defensores, que se tentam separar de um mundo aparentemente despreocupado com o presente e futuro.
Este segmento de mercado Vegan começa a ganhar cada vez mais expressão e credibilidade, graças ao trabalho responsável e sério que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos anos pelos seus atores. Este trabalho tem resultado na criação de uma perceção cada vez mais positiva sobre o movimento Vegan, que muitas vezes não era valorizado da forma que deveria, estando associado negativamente a pequenos grupos de indivíduos mais extremistas e sem grande expressão, como os hippies.
Muitos são os que procuram este movimento para expor os valores em que acreditam e para expressarem a sua visão sobre responsabilidade social. Atendendo a isto e a toda a informação existente, o movimento Vegan só tende a crescer.
Procurando reforçar e validar esta ideia, apresentam-se abaixo alguns estudos, resultados e dados obtidos em vários países.

REINO UNIDO
Em 2016 foram apresentados os resultados de um dos maiores estudos quantitativos realizados ao universo Vegan, da responsabilidade da IPSOS Mori.
Os resultados deste estudo efetuado a um universo de 10.000 pessoas, maiores de 15 anos, residentes em todo o Reino Unido, são a prova de que o movimento tem tido um crescimento extraordinário.
Foram identificadas, atualmente, cerca de 542 mil pessoas que seguem uma dieta Vegan, o que cor¬responde a um aumento de mais de 3 vezes, face a 2006 quando só existiam cerca 150 mil pessoas que optavam por este tipo de dieta, fazendo deste o movimento de mais rápido crescimento.

Este estudo resultou também em perspetivas muito positivas para o futuro, onde se estima que muito rapidamente se possa chegar a 1 milhão de Vegans, só no Reino Unido. A maioria dos Vegan, 42%, encontravam-se na faixa etária entre os 15 e os 34 anos comparativamente aos que estão acima dos 65 anos, 14%, suportando assim as perspetivas anunciadas de crescimento futuro. Este estudo também descobriu que cerca de 1.68 milhões de pessoas, são vegetarianas ou Vegan, e que mais de 860.000 destes, evitam todos os produtos não dietéticos como pele e lã.

A grande maioria do público Vegan, cerca de 88%, vive em zonas urbanas ou suburbanas, o que é significativamente superior aos 12% que vivem em zonas rurais. Estes dados refletem-se em Londres, onde 22% de todos os Vegans vivem e representam mais do que qualquer religião. Em relação ao género, a diferença também é significativa. O sexo femnino é o que mais está sensível a este movimento e quase que dobra o masculino (63% face a 37%).
Disponível em:  www.vegansociety.com/whats-new/news/find-out-how-many-vegans-are-great-britain
 

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
Nos Estados Unidos de América, uma pesquisa nacional realizada em 2016 pela reconhecida e conceituada empresa de pesquisa de mercado especialista em opinião pública, Harris Polls, conduziu à seguinte conclusão.
Considerando o universo de indivíduos maiores de 18 anos, que representam cerca de 245 milhões de habitantes, a Harris Pools estima que existam cerca de 8 milhões de Vegetarianos e que cerca de metade, 3,7 milhões, sejam Veganos.
Disponível em:
www.vrg.org/nutshell/Polls/2016_adults_veg.htm
BRASIL
De acordo com a publicação on-line Brasileira, Re¬vista PEGN e ainda sem dados concretos, estima-se que 4% da população Brasileira, cerca de 7,6 milhões de pessoas, seja vegetariana e que muita des¬sa população também seja Vegan. Paralelamente, o instituto IPSOS reforça que 28% dos Brasileiros procura comer menos carne. Na mesma publicação pode ler-se que de acordo com Mary da Sociedade Vegetariana Brasileira, estima-se que 2 mil Brasileiros se convertem ao Veganismo todas as semanas.
Disponível em:
revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI130934- 17153,00-CRESCE+O+MERCADO+VEGANO.html
Embora seja reduzido o número de estudos estruturados realizados sobre este tema, são efetuadas várias análises quantitativas através de plataformas on-line. Em comum a todos, verifica-se a predominância da mulher sobre o homem no que toca ao género que mais contribui para esta filosofia.
É igualmente crescente o número de pesquisas on-line, nomeadamente através do motor de pesquisa Google. Na Austrália, no início de 2016 a pa¬lavra Vegan liderava todas as pesquisas efetuadas.
Disponível em:
www.peta.org.au/news/vegan-google-searchesaustralia-2016
Simultaneamente com os vários estudos que vão surgindo sobre o movimento Vegan, também vão sendo elegidas as cidades mais “vegan-friendly” espalhadas pelo mundo. Apesar destas seleções serem apresentadas principalmente em função das opções alimentares, o facto de captar consumidores Vegan de todo o mundo, resulta numa implicação direta noutras áreas de negócio, como seja o vestuário e o calçado. Destas cidades, podem enunciar-se Nova Iorque, Portland, São Francisco, Los Angeles, Detroit, Toronto, Honolulu, Vancouver, Rio de Janeiro, Brighton, Londres, Edimburgo, Glasgow, Berlim, Varsóvia, Tel Aviv, Taipé, Chiang Mai, Chennai, Singapura e Tóquio.

Fonte: ctcp
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