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Eficiência energética: A aposta em painéis fotovoltaicos

o caso do CTCP

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Eficiência energética: A aposta em painéis fotovoltaicos

Em 2013, o CTCP decidiu proceder à instalação de painéis fotovoltaicos de miniprodução de eletricidade, começando por fazer a instalação na sua sede em São João da Madeira e posteriormente na sua extensão em Felgueiras. 

No edifício de S. João da Madeira, o sistema de miniprodução solar fotovoltaica, constituído por 184 painéis com uma potência de 44kW, produz cerca de 62 MWh de eletricidade por ano. Tal corresponde à eliminação da produção de aproximadamente 55 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano. Em Felgueiras, a proporção é inferior, sendo que os painéis apresentam uma potência de 20 kW.

A venda de energia por parte do CTCP permite o suporte de cerca de 60% da energia consumida nas instalações de Felgueiras e cerca de 30% nas instalações de São João da Madeira. Ao longo de um ano (período de julho de 2018 a julho de 2019), foram produzidos cerca de 69 000 kW em São João da Madeira e cerca de 35 000 kW nas instalações de Felgueiras. 

A implementação de painéis solares fotovoltaicos permite a produção de energia. Os paineis captam a energia solar transformando-a em energia elétrica que posteriormente é vendida à rede de abastecimento elétrico. 

O tempo de recuperação do investimento de um sistema solar fotovoltaico varia, dependendo do tipo de instalação, orientação, inclinação, manutenção do sistema e tarifário de energia elétrica em vigor. Assim, a implementação deste tipo de sistemas implica a análise do perfil tarifário e de consumo, de modo a dimensionar o sistema solar fotovoltaico, com o objetivo de obter uma solução que garanta a rentabilização do investimento. No caso específico do CTCP, o investimento levou cerca de 6 anos a ser rentabilizado. 

Aspetos a considerar na aquisição de um coletor solar fotovoltaico:
  • Espaço disponível na cobertura: A área disponível na cobertura condiciona a área de painéis que se podem instalar e o seu posicionamento. Caso não tenha área suficiente a opção pelo sistema solar fotovoltaico pode ficar comprometida. 
  • Orientação e sombreamentos: Os painéis solares fotovoltaicos devem estar devidamente orientados para maximizar a incidência da radiação solar, entre Este e Oeste, sendo a orientação Sul a que garante o maior aproveitamento da radiação incidente. A existência de obstáculos que provoquem sombreamento dos painéis afetam o rendimento dos mesmos.
  • Enquadramento legal para ligação à rede: É necessário efetuar o registo da instalação junto da Direção Geral de Energia e Geologia.
A manutenção periódica dos painéis solares fotovoltaicos é essencial para que não haja diminuição de eficiência, bem como para prevenir possíveis problemas. Esta consiste essencialmente em: 
  • Limpeza dos painéis (remoção de poeiras e detritos dos painéis fotovoltaicos); 
  • Verificação de sombreamentos bem como pontos de humidade ou outros danos nos painéis; 
  • Verificação da estrutura de fixação (apertos e pontos de corrosão); 
  • Verificação das ligações entre painéis, com o inversor e o contador.
A implementação de painéis solares fotovoltaicos apresenta diversas vantagens, nomeadamente: 
  • Produção eletricidade a longo prazo; 
  • Redução da Fatura de Eletricidade (é de esperar reduções de cerca de 40% no consumo de energia, em kW); 
  • Redução das emissões de CO2; 
  • Contribuir para reforço do posicionamento da empresa associada à sustentabilidade.
Contexto

Em Portugal, o sector da energia é o que mais contribui para a emissão de gases com efeitos de estufa (perto de 70% em 2016). No sentido de combater esta realidade, as ações terão que passar pela procura de fontes alternativas de energia, com especial ênfase para as renováveis e pelo aumento da eficiência na utilização das energias disponíveis. 

Neste contexto, fazem parte da política energética nacional os seguintes objetivos: 
  • Aumentar a eficiência energética em Portugal; 
  • Reduzir, significativamente, as emissões de gases com efeito de estufa, de forma sustentável; 
  • Aumentar o uso de energias renováveis (o autoconsumo de energia assume grande relevância, havendo ainda a possibilidade de injeção do remanescente na rede a preço de mercado); 
  • Apostar na mobilidade elétrica; 
  • Contribuir para o aumento da competitividade da economia. 

Ser competitivo, atualmente, já não se dissocia das palavras responsabilidade e sustentabilidade. O aumento da eficiência energética numa empresa contribuí para a sua sustentabilidade interna, através de redução de custos, e externa pela minimização das emissões de gases com efeitos de estufa. Em muitas empresas os recursos são escassos e subsiste a ideia de que a energia já é utilizada de forma adequada, porém, na maior parte dos casos, existe ainda margem para melhoria. É também frequente a associação da eficiência energética com investimentos vultuosos. Se é verdade que algumas das medidas podem implicar um investimento significativo, sendo como tal, necessário uma avaliação cuidada do custo/ benefício, muitas vezes o retorno é, efetivamente, compensador. Por outro lado, há cuidados de racionalização energética, cujo investimento é reduzido ou mesmo irrelevante. 
Para maximizar resultados é importante a adoção sistemática de procedimentos de medição de desempenho e de acompanhamento de práticas. Deste modo, é possível a deteção continuada de falhas, para a sua resolução, e de oportunidades que permitam uma melhor o desempenho. A implementação de um sistema de gestão energético, de acordo com a norma NP EN ISO 50001 será um contributo efetivo para a atitude sistemática e coerente que potencia a melhoria efetiva da eficiência energética.

Para mais informações relacionadas com eficiência energética, consultar: Eficiência Energética no setor do calçado

Fonte: CTCP
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