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Geração 4.0: Filipa Couto

Trofal

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
Geração 4.0: Filipa Couto

É Licenciada em Psicologia Clínica, com mestrado em Gestão de Empresas. Mas é na empresa da família que encontramos Filipa Couto. Um convite do pai tornou Filipa a segunda geração da Trofal.

O que te levou a aceitar este desafio?
Essencialmente, o meu pai sentia que não tinha ninguém a quem deixar o legado. Numa determinada altura colocou-me o desafio de trabalhar na empresa e agarrar este projeto. Claro que aceitei, com a certeza de que ia sempre dar o meu melhor! Têm sido três anos muito desafiantes, evolutivos e, essencialmente, muito produtivos.

O que te ‘fascinou’ na indústria?
Desenvolver um sapato e perceber que é algo bem feito e pensar que o cliente vai ter algo que o deixa feliz.

O que é que esta nova geração de jovens tem para oferecer ao setor?
Nós temos uma preocupação muito grande com as nossas pessoas, com as pessoas que estão a trabalhar connosco. Eu, particularmente, vou todos os dias a cada posto de trabalho falar com cada trabalhador. Tento perceber o que é que precisam para que o dia lhes corra melhor. Claro que isto também acontece devido à minha formação de base. As pessoas devem sentir-se bem no seu local de trabalho.

Penso que as questões da sustentabilidade também são muito importantes. A Trofal foi a primeira empresa em Portugal a ser certificada e a primeira a produzir calçado vegan. O meu pai sempre foi muito visionário neste aspeto. Esta nova geração já está muito vocacionada para estes temas.

De que forma é a que a Trofal se distingue no mercado?
A Trofal está a produzir calçado para um segmento muito elevado. Investimos em equipamentos muito especializados para este tipo de segmento e de produtos. Queremos neste momento distinguir-nos não só pela sustentabilidade, como pela personalização. Não somos uma empresa de economia de escala, somos uma empresa de detalhe! E o caminho é apresentar um artigo personalizado e de luxo.
A  Trofal está numa constante mudança e procura a melhoria contínua dos seus produtos. Atualmente a nossa maior preocupação é produzir artigos eco-friendly, com elevada qualidade, duráveis, saudáveis e confortáveis.

De que forma pensas que possa evoluir a indústria do calçado?
Na minha perspetiva, a indústria do calçado terá de evoluir para a produção de artigos cada vez mais sustentáveis, associados a uma economia circular, focando-se acima de tudo na elevada qualidade. A Trofal desde a sua certificação, há 25 anos, tem tido uma grande preocupação ambiental e com o bem estar dos seus clientes. Desta forma, tem procurado no mercado e por conseguinte utilizado, matérias primas; ecológicas,  isentas de químicos nocivos para a saúde. Considero que o futuro da  indústria do calçado deverá ainda de passar pela mensagem de “escolha responsável” de um artigo com qualidade, sustentável, saudável, durável e confortável, com superior valor acrescentado. Em detrimento da compra por impulso,  de produtos vindo de países com elevada exploração de mão de obra, sem qualidade e que poderão ser prejudiciais para a saúde face às características químicas dos componentes.


Que conselho darias a um jovem que está a começar na indústria de calçado?
Na indústria é muito importante conhecer bem o desenvolvimento do produto, estar no terreno constantemente, ouvir as pessoas, perceber as suas dificuldades e encontrar melhorias em conjunto.  Comecei por ir para o terreno e perceber todas as dificuldades que existiam.
Antes de desenhar, é necessário conhecer todo o processo produtivo.

Fonte: APICCAPS
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