Uma mala Belcinto tem garantia de uma vida. “If you care, we care”, em português “se você cuida, nós cuidamos”, é o lema da marca Belcinto, que está a recuperar a sua história que remonta a 1961.
Começa com a história verídica do saco de viagem charlie, nascido em 1989, pelas mãos de um artesão experiente para ser robusto, durável e confiável. Charlie viajou por todos os continentes e oceanos com seu dono, Andy. Este saco está, agora, a ser recuperado na fábrica e ganhará nova vida. A empresa pretende desta forma recuperar histórias e reutilizar os materiais de forma a preservar o ambiente. Uma aposta verdadeira na Economia Circular.
Feitos principalmente em couro de qualidade superior, os produtos já são bem conhecidos do consumidor como produtos de alta qualidade e robustez. Charlie, que existe há algumas décadas, representa todos esses valores.
Como a sustentabilidade está no centro da maioria das conversas e na mente de muitos consumidores, Charlie pretende ser a personificação de um produto durável e sustentável. É esta também a filosofia da empresa, que está em processo de certificação ambiental com o apoio do CTCP.
“Na fábrica usamos peles com curtimenta vegetal e já implementamos processos onde eliminamos as colas com solventes. Já só utilizamos colas de base aquosa” orgulha-se Ana Maria Vasconcelos, diretora da empresa.
Numa visita rápida à fábrica podemos constatar o carinho e dedicação que os colaboradores, alguns com tantos anos de experiência como de trabalho, outros a começar as suas carreiras, colocam nos produtos que desenvolvem.
Aqui nesta fábrica são produzidas, malas, cintos e chapéus para as grandes marcas de luxo internacionais. Em produção vários produtos em simultâneo, todos de alta gama e todos utilizam materiais ecológicos. “É uma adaptação constante ás tendências de mercado, aliada a formação dos colaboradores (em Portugal e no estrangeiro)” afirma esta responsável.
Entre outros produtos realce para uma mala feita a partir de pele curtida de beterraba, biodegradável, reciclado de pele e borracha, e forro orgânico, sem metais, para uma marca de luxo reconhecida mundialmente, à venda por várias centenas de euros.
Procuramos parceiros e não clientes “Começamos a trabalhar os clientes com muito tempo de antecedência, queremos parceiros e não clientes. Acreditamos que a sustentabilidade do negócio depende das relações estabelecidas com todos os envolvidos O nosso ofício e paixão de desenvolver artigos de couro derivam de duas gerações de experiência e da preservação de um relacionamento amoroso com nossos funcionários: a família de produção. A cultura da nossa empresa engloba assegurar que as necessidades dos nossos membros sejam atingidas de forma consistente. Isso garante que os nossos produtos mantenham consistência na qualidade, durabilidade e alma”.
Ana Maria Vasconcelos também fala da falta de mão de obra, mas logo conta como a Belcinto tenta colmatar esta dificuldade. O realce vai para a formação aos colaboradores e dá como exemplo diversas práticas de integração de jovens, nomeadamente estágios de verão para estudantes. Prática que a empresa proporciona há vários anos e tem dado resultado. Muitos dos trabalhadores “mais novos” que hoje colaboram com a empresa passaram pelo programa e foi assim que começaram a ganhar o gosto pela arte de produzir malas e outros artigos de marroquinaria.
Fundada em 1961, a Belcinto começou por produzir cintos e mochilas escolares. Mais tarde, expande a sua produção para bolsas de senhora, carteiras e bolsas de viagem. Atualmente, conta com um total de 72 colaboradores e produz uma grande variedade de artigos, nomeadamente cintos para homem, mulher e criança, malas de senhora, maletas, artigos de viagem e chapéus e bonés, entre outros.