Cluster do
calçado agrega mais um projeto, financiado em seis milhões de euros, que
"pretende ir na linha da frente do que se faz a nível mundial"
Pegar em resíduos da indústria alimentar, como sobras de azeite ou de alfarrobas, e daí extrair substâncias para produzir ou curtir couros, os tratar quimicamente ou mesmo conseguir fazer corantes. São os
desafios com materiais ecológicos do novo projeto de I&D coordenado pelo Centro
Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), para responder às necessidades das empresas do setor. O projeto irá envolver
mais 32 parceiros, entre oito empresas de calçado, quatro de produção de couro,
universidades e outros centros tecnológicos.
É o FAMEST, um projeto de quase seis milhões de euros,
financiado pelo Portugal 2020, que está aprovado. Maria José Ferreira, diretora de Investigação e Qualidade, explicou ao DN que este é mais um dos projetos
agregadores que o calçado tem realizado nas últimas décadas. Como os materiais
ecológicos e o conforto são hoje essenciais neste setor, o projeto terá uma
forte vertente para aí direcionada. Nos componentes, como as solas, os
materiais amigos do ambiente vão ser também desenvolvidos, aliados a forte
componente digital, como a impressão 3D, tendo nesta área a participação de
investigadores da Universidade do Minho.
"No fundo está tudo interligado, com o setor a tentar ter um road map. Vamos fazendo projetos - alguns financiados
pelas próprias empresas - para preencher um puzzle que vai por um caminho de
diferenciação", explica a responsável do centro, certa que a aposta no
produto diferenciado, de qualidade e não de grandes quantidades, segue em bom
rumo, como fica evidente pelo sucesso das marcas portuguesas de calçado
internacionalmente.
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