Uma nova imagem institucional, sob o slogan “Portuguese Shoes: Design by the Future”, e o maior investimento de sempre em promoção externa, orçado em 9,2 milhões de euros, serão as grandes apostas do calçado português em 2010.
Com o apoio do programa Compete, o investimento em promoção comercial aumenta em 2010 “pelo terceiro ano consecutivo”, e cresce 8,2 por cento face a 2009, assegurando acções em 16 países e envolvendo mais de 120 empresas, referiu a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado (APICCAPS) em conferência de imprensa.
O objectivo é “consolidar a posição do sector em mercados maduros ou emergentes e promover a imagem da fileira”, segundo a APICCAPS .
“Pela primeira vez no horizonte do calçado português vislumbram-se os mercados da Líbia e da Síria”, adiantou a associação, referindo que “estão a ser preparadas acções comerciais de prospecção” nestes países.
Já mercados como o Brasil, China, Emirados Árabes Unidos, EUA, Grécia, Japão, Polónia e Rússia serão alvo de uma “aposta sem precedentes”, com a participação nas principais feiras de calçado locais, dado o “elevado potencial de crescimento para as empresas portuguesas” ali detectado.
Segundo a APICCAPS, “desde 2007 o sector do calçado já investiu mais de 25 milhões de euros em promoção comercial externa, o valor mais elevado de toda a economia portuguesa”.
Participação em feiras e exposições reforçada
Para além dos novos mercados, o sector investirá também no reforço da presença em feiras e exposições “de plataforma mundial”, como a MICAM e Riva del Garda (em Itália) e a GDS (na Alemanha).
Apostará ainda em feiras “de forte expressão regional” (como a Modacalzado, em Espanha, e a Ciff e CPG Visoon, na Escandinávia) e “de nicho” (caso da Bread & Butter, na Alemanha, Who s Next, Mess Aroun, Midec, Premiere Classe, Italmoda e Fashion Week, em França, The Brandery, em Espanha, e Puré, Moda Footwear e London Fashion Week, no Reino Unido).
Com esta ofensiva comercial, o sector português de calçado – que já exporta mais de 95 por cento da sua produção – pretende “ascender na cadeia de valor” para garantir mercados face à crescente concorrência internacional, que “tenderá a estender-se para as gamas média e alta”.
“A simples evolução na qualidade do que se produz não basta. A pretensão de construir vantagens competitivas sustentadas com base apenas em inovações tecnológicas é, igualmente, uma miragem do passado. As estratégias complexas, a capacidade de fazer, distribuir e vender diferente, a inovação e a dinâmica permanente serão as únicas formas de construir a superioridade competitiva”, sustenta a APICCAPS.