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Envelhecimento da população cria oportunidade para empresas de calçado

quinta-feira, 8 de maio de 2008
Envelhecimento da população cria oportunidade para empresas de calçado

O envelhecimento da população é um dos grandes problemas da actualidade, mas também pode criar novas oportunidades para as empresas. A indústria do calçado está atenta a essas novas oportunidades. São os exemplos de marcas como a Flex & Go, a Softinos e a Softwaves.

Ainda que com características diferentes na sua origem, as três marcas encontraram na população mais envelhecida um bom nicho de mercado.
 Sendo certo que a tendência é para uma forte expansão do mesmo, o importante torna a ser a diversificação, a par da necessária inovação e adequação a uma realidade em constante mudança. A Flex & Go foi criada há cerca de seis anos e o seu lançamento teve como objectivo ir ao encontro da crescente necessidade de conforto de uma população europeia que está a envelhecer, tendo em conta a quebra na fecundidade e o aumento da esperança de vida.

Já a Softinos é uma marca do grupo Kyaia e só foi lançada no ano transacto. O que esteve na origem da sua criação foi a possibilidade de ocupar um crescente nicho de mercado. Os seus responsáveis afirmam que se apresenta ao consumidor como uma marca de conforto, que privilegia as formas e os materiais. A opção foi por peles muito macias, mas consiste num calçado agradável do ponto de vista estético.

A Comforsyst acabou por embarcar numa aposta mais radical. A marca desenvolvida foi baptizada com o nome de Softwaves, na sequência de um segmento de calçado de senhora clássico que estava esgotado. De facto, houve a transferência de posições, face à entrada de novos intervenientes no sector do calçado. A marca criada apostou num tipo de cliente global, menos interessado na moda e mais preocupado com o conforto. Foi o assumir de um risco que está a ter resultados positivos, isto no que respeita às três marcas em causa.

Durante o presente século, a proporção de pessoas com mais de 60 anos vai triplicar, passando de apenas 10%, em 2000, para cerca de 32% no final do século. Na Europa Ocidental, quase metade da população terá então mais de 60 anos. Aliás, importa notar que as alterações demográficas se farão sentir de forma mais acentuada a partir do fim da primeira década.


Fonte: Vida Económica,08.Maio.08
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