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Portugal seduz Colômbia para chegar à América Latina

terça-feira, 1 de agosto de 2017
Portugal seduz Colômbia para chegar à América Latina

Entre 620 marcas de 15 países, Portugal foi, logo a seguir à Colômbia, o País mais representado na Colombiamoda, a Semana da Moda que decorreu em Medellín.
Uma presença forte que, segundo o embaixador português naquele país, ajuda o calçado português a chegar a outros países latinoamericanos. "A Colômbia pode perfeitamente ser uma plataforma para outros mercados muito interessantes da América Central. O Panamá e a Costa Rica, que são os dois países mais estáveis daquela zona, também têm uma classe média forte e uma franja da população com muito poder aquisitivo. E o Equador e o Peru são mercados muito abertos", adiantou João Ribeiro de Almeida.

Após uma visita aos stands do calçado português na feira, o embaixador explicou ao DN que pretendia transmitir às empresas "a força do Estado português". "Estamos aqui todos a remar para o mesmo lado, para conseguir também que haja um aumento de exportações para mercados que conhecem pouco o calçado português". Sapatos nos quais a qualidade "faz a diferença", ainda que haja quem se possa queixar "que são mais caros".

Embora a indústria portuguesa de calçado exporte, atualmente, 95% da sua produção, há mercados, como o latino-americano, onde a presença dos sapatos nacionais ainda está aquém do desejável. O país começou a exportar para a Colômbia há quatro anos, sendo esperado que atinja este ano dois milhões de euros. Segundo João Ribeiro de Almeida, o que torna este mercado apetecível é "sobretudo uma classe média que está pujante, que é relativamente recente. Não só tem poder de compra para adquirir como está muito interessada em saber o que são produtos novos de outras partes do mundo, neste caso da Europa e, mais especificamente, de Portugal. As pessoas têm um grande desejo de consumir, a pouco e pouco".

Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos prevê que nos próximos dez anos, Portugal possa estar a exportar entre 10 e 15 milhões para a América Latina. Uma expansão que será acompanhada por investimento em tecnologia, já que o setor irá investir 50 milhões de euros nos próximos cinco anos para acompanhar os desafios da "era digital".
Além de 10 empresas de calçado, participaram na feira 10 marcas de têxteis. Depois da Colômbia (86%) e de Portugal (4%), o Perú (2%), o Brasil (2%) e o México (1%) foram os países com mais stands. De acordo com a Inexmoda, que organiza o evento, estiveram presentes 13.600 compradores de 50 países, principalmente EUA, México, Equador, França, Panamá e Perú.


Fonte: http://www.dn.pt
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