Sapatos de luxo para andar de bicicleta ou galochas sofisticadas estão a sair das fábricas portuguesas.
A Helsar, empresa de calçado ‘premium para mulher, acaba de lançar em Milão, Itália, uma nova marca de sapatos para um nicho de mercado. Marta Mestre, nome da nova marca e também da designer do projecto, é a assinatura inscrita em onze modelos de sapatos especialmente concebidos para as mulheres que gostam de andar bicicleta e que querem manter um ar elegante e sofisticado.
Os sapatos Marta Mestre são de salto alto, protegido por causa dos pedais e com material reflector, têm sola em couro e um revestimento de borracha para evitar derrapagens. "Somos os primeiros do mundo a fazer este tipo de sapato, com salto alto, para as mulheres andarem de bicicleta e estarem giras ao mesmo tempo", enfatizou Patrícia Correia, responsável pelo marketing da empresa. A designer Marta Mestre realçou por sua vez que a parceria com a Helsar lhe permitiu "concretizar o sonho de juntar as suas paixões: andar de bicicleta e sapatos".
Os sapatos Marta Mestre vão ter um preço médio de venda ao público da ordem dos 170 euros. O valor não está a assustar os potenciais interessados. Segundo Patrícia Correia, os visitantes da Micam (feira internacional de calçado que termina amanhã em Milão) estão a demonstrar uma forte aceitação do produto, que consideram "o máximo" e nunca visto. Em Portugal, as lojas de bicicletas de luxo e acessórios também aderiram "muito bem" à ideia de um sapato exclusivo para as mulheres andarem de bicicleta.
A Helsar está a terminar o fabrico de dois pares de sapatos para exibir na Porto Jóia - feira dedicada à joalharia a decorrer no Porto entre 24 e 25 de Setembro -, sapatos que querem brilhar junto do público com os detalhes em filigrana a ouro. Patrícia Correia adiantou que cada par irá custar cinco mil euros, mas que também irão produzir em prata, o que baixará um pouco o preço. "Temos mercado para isso", garantiu. A Helsar facturou no ano passado 2,3 milhões de euros, com 80% a ser garantido nos mercados internacionais.
De olhos em bico
A Lemon Jelly, marca que chegou há pouco mais de dois anos ao mercado, prevê um crescimento de dois dígitos nas vendas, que no ano passado atingiram já os três milhões. A marca de calçado de borracha, que concorre no mesmo segmento que as internacionais Hunter ou Melissa, tem tido uma boa receptividade na Ásia. "Com a Europa a sofrer esta crise, a Ásia está a ser um pólo de desenvolvimento da marca", salientou José Pinto, administrador da Lemon Jelly. Este mercado "valoriza um conceito destes produzido na Europa", garantiu.
Japão, Coreia do Sul e China, a que se juntam os mercados de França, Portugal, Alemanha e Canadá são os focos estratégicos da marca. "O investimento é para nos focarmos nestes mercados, investir para aumentar a notoriedade, pois no mercado médio-alto a notoriedade é essencial", frisou. O investimento é feito em promoções nas redes sociais, em blogues e em comunicação José Pinto adiantou ainda que o projecto Lemon Jelly foi pensado a 10 ao nível da rentabilidade, mas que apesar de muito recente já "atingiu resultados muito satisfatórios".