Notícias

Marca portuguesa distingue-se na moda mundial apostando na cortiça

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Marca portuguesa distingue-se na moda mundial apostando na cortiça

Utiliza a cortiça por ser versátil, resistente, impermeável e… nacional. A Najha é uma marca portuguesa,  que surge da junção de dois conceitos principais – moda e cortiça -, conferindo-lhe uma filosofia eco-frendly única.

A marca portuguesa Najha vai apresentar a nova coleção de acessórios de moda e calçado, assim como as novidades em joalharia e as mais recentes propostas de vestuário para a Primavera|Verão 2015, no desfile da Runway for Hope, que decorre este domingo em Ottawa, no Canadá.
“Esta foi uma ótima oportunidade que surgiu após vários meses de pesquisa com a nossa representante no Canadá, Manuela Leal. Sendo a Najha uma marca de moda em cortiça, desde o início que pretendemos lançar a marca no mercado pelos canais moda, por isso, a criação de uma estratégia nesse sentido tem sido intensa. No decorrer das várias pesquisas que temos feito surgiu a Run Way for Hope, que é organizada por Andre Rodrigues e Hakiza Franck, e ao conhecerem a Najha e a sua filosofia lançaram-nos o convite para estar presentes nesta edição. Aceitámos imediatamente e estamos neste momento a ultimar os preparativos para o evento”, explica Daniela Sá, diretora criativa da Nahja.
A Najha nasceu em 2009 com uma missão: mudar o mundo. Dedica-se à criação de carteiras, calçado, cintos e chapéus, tendo como matéria-prima de excelência a cortiça. O nome surgiu da conjugação de algumas palavras de origem indiana, que faziam sentido para Daniela enquanto praticante de yoga. Apenas após o registo da marca descobriu que Nahja é uma cobra na Índia, cujo significado é sagrado e, mais tarde, descobriu que em árabe quer dizer sucesso. O nome já refletia o que viria a ser: uma marca de sucesso, nacional e internacional.


As peças que a marca apresenta são essencialmente em cortiça. A aposta na cortiça é para levarem um pouco de Portugal a todo o mundo, mas não só. “A cortiça surgiu como material principal das criações Najha no decorrer da minha pesquisa para substituir a pele animal por um material vegan. Tendo eu uma filosofia de vida vegan, não fazia qualquer sentido usar materiais de origem animal. Foi em 2009 que descobri a cortiça como material passível de ser aplicado em acessórios de moda e calçado, e desde então nunca mais a larguei. Cada vez me apaixono mais por este material. Foi com as duas primeiras coleções que me apercebi o potencial deste material e a mais-valia que podia trazer para o mundo da moda, e essa é a aposta da Najha: levar novas consciências ao mundo da moda através deste material único e nobre. Acho que podemos conquistar o mundo e marcar a diferença”, afirma a mentora da marca.


O crescimento rápido e consistente da marca, bem como o know-how adquirido, trouxeram o reconhecimento da Najha no mercado nacional e internacional, estando presente em Espanha, Itália, França, Canadá, México, China e Hong Kong

.
Os portugueses que estão a viver noutros países são muito importantes para a marca porque, segundo Daniela Sá, são eles que levam o nome da Nahja para o mundo. “Sim, sem dúvida. Os primeiros contatos para a internacionalização da marca foram precisamente feitos por portugueses a viver há vários anos no estrangeiro, como é o exemplo de Espanha, onde temos a marca representada no mercado de São Miguel, no projeto de Sandra Almeida, que também organiza o Festival do Fado, em Madrid. Estamos a apostar na internacionalização e optamos por começar pela Europa, pela proximidade do mercado, iniciámos com Espanha, depois República Checa, Holanda e Noruega. Na verdade, os mercados “além mar” têm mostrado muito interesse pelas coleções Najha e, claro, que abrimos os braços a todos os países que nos queiram receber”.


Este crescimento e visibilidade reforçam responsabilidades ambientais e sociais, com uma constante procura por materiais ecológicos, que permitam a sustentabilidade do Planeta – o poder de mudar o mundo.
Em setembro de 2013, inerente à responsabilidade social da Najha foi estabelecida uma parceria com a “Viver100fronteiras”, uma ONG da Guiné Bissau, com trabalho de mérito e excelência reconhecidos, desde a intervenção social e cultural, passando também pelo apoio a meios hospitalares. Por cada Najha vendida, é doada uma percentagem para o desenvolvimento deste projeto.

Fonte: www.revistaport.com
2069

Voltar