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Calçado português com forte aposta na Colômbia

sexta-feira, 18 de julho de 2014
Calçado português com forte aposta na Colômbia

O calçado português está cada vez mais internacional e chega atualmente a 150 países nos cinco continentes. As vendas aumentaram, mesmo, mais de 40% desde 2010. O objetivo do setor passa, agora, por aprofundar a presença em novos mercados, de modo a que as vendas extracomunitárias representem 20% do total até 2020.
Com efeito, as exportações para fora da União Europeia mais do que duplicaram nos últimos quatro anos. O peso das exportações para países como China, EUA, Japão ou Rússia ascende, agora, a 13% do total exportado (em 2008 representava apenas 8%).

Se é verdade que as exportações aumentaram, nesse período, praticamente em todos os importantes mercados da União Europeia, (crescimento de 31% para 1.513 milhões de euros) é, porém, fora da Europa que o calçado português revelou o desempenho mais notável, com as vendas a aumentarem mais de 160%. Destaque para o registo na Rússia (mais 491% para 49 milhões de euros), nos EUA (mais 237% para 27 milhões), Angola (mais 107% para 26 milhões), Canadá (mais 237% para 18 milhões) e Japão (mais 126% para 15 milhões). Igualmente nesse período, as empresas portuguesas despertaram para a Austrália (vendas já próximas dos nove milhões de euros), China (mais de cinco milhões de euros) ou Emirados Árabes Unidos (vendas igualmente próximas dos cinco milhões de euros).


Grande aposta na América Latina
A estratégia de aprofundamento da abordagem a mercados de elevado potencial já começou. Desde abril, várias ações estão a ser implementadas na América Latina, em especial na Colômbia.
Dezassete empresas portuguesas participarão, em Julho, na Colombiamoda, o maior certame profissional que se realiza na Colômbia, concretamente em Medellín, e que acolhe visitantes profissionais do Brasil, Chile, México, Panamá ou Peru.

Complementarmente, outras ações promocionais estão a ser realizadas (Ver anexo). Desde missões de compradores, visitas de jornalistas estrangeiros, anúncios em revistas da especialidade, colocação de outdoors nos aeroportos e cidades – com o slogan “El Calzado más caliente en Europa” – em curso está uma grande ofensiva promocional sem precedentes que permita alavancar a imagem da indústria e das suas empresas. Este modelo promocional será, posteriormente, replicado noutros países. A meta definida no FOOTure 2020 – Plano Estratégico da Fileira do Calçado - é clara: fazer do calçado português uma das grandes referências à escala mundial.

Seguir-se-á, assim, uma forte aposta em mercados de elevado potencial crescimento. América Latina, EUA, Japão, Israel ou Rússia serão, na óptica da APICCAPS, mercados de eleição num futuro próximo e merecerão, por isso, uma atenção redobrada.


Porquê a Colômbia?
É um dos novos destinos de referência para as empresas portuguesas. A Colômbia é, antes de mais, uma janela aberta para a América Latina. Mas é igualmente um mercado com mais de 40 milhões de potenciais consumidores.
As barreiras comerciais entre a União Europeia e a Colômbia foram levantadas no primeiro dia de Agosto de 2013, entrando em vigor o Tratado de Livre Comércio, acordo que vai abrir o mercado de exportação da UE e da Colômbia. Até ao final do período de transição, serão eliminados os direitos aduaneiros em produtos da indústria e pesca, e o comércio de produtos agrícolas será consideravelmente mais aberto, permitindo às empresas uma economia anual de mais de 500 milhões de euros.
De acordo com a AICEP “um dos grandes benefícios do acordo de comércio com a União Europeia é a definição de regras claras e transparentes em matéria de comércio de bens e serviços, bem como a proteção dos investimentos, permitindo um ambiente de negócios mais transparente, previsível e exequível. O resultado é um maior crescimento económico, a criação de empregos estáveis e com remunerações justas, bem como a competitividade dos produtos e serviços comercializados.”
Miguel Crespo, coordenador da AICEP em Bogotá recorda que “o estreitamento de relações económicas e empresariais é, no essencial, um fenómeno, dos últimos três anos”. Desde 2010, “as empresas portuguesas têm descoberto na Colômbia um mercado com enormes afinidades, com oportunidades em praticamente todos os setores. Trata-se de uma economia aberta, em que as transformações se seguem a ritmo assinalável, no sentido de vir a criar uma classe média capaz de aceder a bens de consumo”.
Acresce que “a genética social e empresarial entre os dois países é, também, invulgarmente próxima, o que facilita a criação de acordos e a celebração de contratos. Somos parecidos na forma de pensar e complementares naquilo que aportamos, sendo fácil evoluir para umarelação que o colombiano entende como de «Win Win»”.


Acções na Colômbia
Colombiamoda
17 empresas de calçado estarão, de 22 a 24 de Julho, presentes na Colombiamoda.
Desfile Colombiamoda
Agendado para as 15h00 de dia 22 de Julho, a moda portuguesa estará em destaque na Semana da Moda da Colômbia, com a realização de um desfile de moda.
Visitas profissionais
Doze profissionais colombianos, entre importadores e jornalistas, estiveram em Maio em Portugal, a convite da APICCAPS. Para além dos contatos empresarias, destaque para as mais de vinte noticias publicadas nesse período relacionadas com o calçado português. A NTN24, o canal televisivo de referência na América Latina, efetuou mesmo dois programas a partir de Portugal.
Mailings
Nas últimas semanas, foram enviados milhares de mailings a potenciais clientes do calçado português na Colômbia com a designação: dez razões para comprar o calçado mais “caliente” da Europa.
Outdoors
Foram colocados vários outdoors nos aeroportos de Medellin, Bogotá, bem como na cidade de Medellin, junto às zonas comerciais de referência. Adicionalmente, no recinto da Colombiamoda, o calçado português estará em destaque em vários suportes de comunicação.
Imprensa da especialidade
Desde Abril estão a ser publicados anúncios nas principais revistas de moda da América Latina e Colômbia, nomeadamente na Fuscia, Jet Set, Vogue e Vogue Latino América.
Complementarmente foi publicado uma editorial de moda de 16 páginas na revista Fuscia, com o titulo “Alma Lusa”.

Fonte: APICCAPS
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