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Sector do calçado tem 49 milhões para investir na indústria 4.0

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Sector do calçado tem 49 milhões para investir na indústria 4.0

O ministro da Economia visitou a feira de calçado Micam, em Milão, onde estão quase 100 empresas portuguesas, e deu conta da evolução das vendas lá fora. O sector do calçado tem 49 milhões para investir na indústria 4.0.

As exportações de produtos portugueses aumentaram 12% em Dezembro do ano passado, face ao período homólogo, lembrou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral este domingo, 12 de Fevereiro, durante uma visita à feira de calçado Micam, em Milão. O governante adiantou que "conseguimos um aumento histórico do emprego na indústria de 4% em 2016 e isso é um dado muito positivo porque já havia alguma recuperação de exportações. Houve ainda um crescimento de 12% das exportações de produtos portugueses no último mês do ano", referiu o governante.

Caldeira Cabral adiantou ainda que "as perspetivas de crescimento das empresas privadas são as melhores dos últimos nove anos", salientando que "a economia portuguesa não está parada, teve um terceiro trimestre com a melhor performance na UE (União Europeia) e o quarto deve ter sido o melhor" desde que começou a recuperação económica.

O governante, que visitou cerca de 20 empresas portuguesas na feira, onde estão quase 100, recusou que o aumento do protecionismo nos EUA ou outros países da Europa possa ter um impacto negativo nas exportações.
 
"Penso que se há coisa que as empresas portuguesas conseguem demonstrar é que entram em novos mercados e há alguns, como os asiáticos, no qual já estão a entrar mas que tem um potencial por explorar. As empresas portuguesas vão continuar a ter um pé bem calçado", salientou.

Calçado 4.0
À margem da visita do ministro, Manuel Carlos, diretor-geral da associação APICCAPS, que representa o sector, deu conta de um projeto de 49 milhões de euros, no âmbito da iniciativa da indústria 4.0, que vai ajudar as empresas a darem um "salto" tecnológico, até 2020.

A associação e as empresas irão juntar-se a entidades como o INESC e o Centro Tecnológico do sector para levar a cabo vários projetos que ajudem a produção a melhorar em termos de rapidez e eficiência. O objetivo é concorrer cada vez mais nos mercados internacionais, com melhora capacidade de resposta. As fontes de financiamento serão "diversificadas", adiantou Manuel Carlos.


Empresas exportam quase tudo
As marcas de calçado visitado pelo ministro produzem em Portugal mas vendem quase tudo para o exterior. A Perlato, por exemplo, tem clientes em todo o mundo é já vende 35% para alguns países asiáticos, como a Coreia, China e Japão. Carlos Abreu, responsável da empresa Calçado Trópico, que detém a marca, realçou que as vendas são 100% lá para fora. A PintoDiBlu fala em 99%. David Almeida, da área comercial e financeira, está entusiasmado com a Austrália para onde já vende 10% da faturação. Luís Onofre, por sua vez, tem pena que as sanções à Rússia tenham afetado este mercado, que gosta de produtos de luxo como os que fabrica.



Fonte: www.jornaldenegocios.pt
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