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Países proíbem entrada de produtos chineses com dimetil fumarato

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Países proíbem entrada de produtos chineses com  dimetil fumarato

Com os problemas despoletados pela presença de substâncias perigosas em calçado e sofás produzidos na China, são já alguns os países que proibiram a entrada destes produtos.
Em  França e na Bélgica estão a decorrer inspecções rigorosas e tudo que contenha dimetil fumarato fica “à porta”.

A psicose à volta do produto contido nas saquetas contra a humidade, o dimetil fumarato, que se encontra nomeadamente no calçado, na marroquinaria ou mesmo em alguns sofás, continua. Em 2008, reacções alérgicas e problemas respiratórios, erupções cutâneas e eczemas foram detectados em pessoas que tiveram contacto com a dita substância.

Em Setembro passado, 38.000 sofás do produtor chinês Linkwise&Soffine, vendidos pela Conforama (que depois apresentou queixa), foram retirados por risco de alergia grave. No mesmo período, a cadeia de moda Etam retirou 5.000 pares de botas, enquanto que a La Halle aux Chaussures mais de 8.000, de acordo com a revista “60 Millions de Consommateurs”.

A 5 de Dezembro do ano passado, Luc Chatel, secretário de Estado francês responsável pela Indústria e o Consumo, assinou um decreto a fim de interditar a importação de sofás e calçado contendo dimetil fumarato.
Daí resultou a Operação Dragão, «levada a cabo por agentes da direcção geral da concorrência, do consumo e da repressão das fraudes e das autoridades aduaneiras para verificar a conformidade dos produtos, nomeadamente de origem chinesa, em termos de segurança e de contrafacção, para velar pela segurança dos consumidores», sublinhou o Ministério, que revelou ainda que esta interdição é válida por um ano, podendo depois ser renovada.

A Bélgica seguiu o exemplo: o ministro Paul Magnette interditou a entrada no mercado de artigos contendo dimetil fumarato.

A prudência é, assim, a palavra de ordem. Uma prudência extrema resultante de numerosos passos em falso dados pela China em 2008 (leite com melamina, calçado tóxico,…). Consciente destas derrapagens, o Império do Meio pretende recuperar a sua imagem e acordou, em Novembro de 2008, com a Europa e os EUA, um plano para desenvolver a conformidade e a segurança do “made in China”.
 

Fonte: Portugal Têxtil,25.Fev.09
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