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Calçado de Luxo cresce em Portugal

quarta-feira, 13 de maio de 2009
Calçado de Luxo cresce em Portugal

Calçado com pele de raia, de crocodilo ou de canguru. As empresas portuguesas não param de surpreender nos mercados internacionais. Propostas irreverentes, que não estão ao alcance de todas as carteiras. Este calçado é um luxo.

Os preços podem ascender a 4000 euros, mas nem por isso, em tempos de crise, a procura tem escasseado. Portugal exporta já calçado de luxo para praticamente todo o mundo. São os europeus, em especial alemães, franceses, espanhóis e suíços que preferem este segmento de calçado. Mas, a qualidade do calçado de luxo português está também a despertar uma grande curiosidade em Angola e no Japão.

 “O segmento de calçado  alto ou de luxo foi um patamar extremamente difícil de alcançar”, reconheceu Raquel Santos. Para a responsável da Mackjames “é necessário adoptar uma política comercial e de marketing bastante competitiva e de valor acrescentado”. Uma política que de resto deve ser aliada a uma componente industrial irrepreensível, com recurso às melhores técnicas de fabrico em sistema de construção Goodwear.
Para a Mackjames, marca de calçado de luxo da Fabrica de Calçado Zarco com uma forte presença no mercado há já várias décadas “a aposta passa por oferecer um produto ímpar, desde a  qualidade dos materiais que o contemplam à minuciosidade das tarefas desempenhas por cada um dos nossos colaboradores para se construir um sapato de conforto e «look» mais duradouro que acompanha sempre as tendências da moda”. Uma tarefa naturalmente exigente, tanto mais que “não é de todo fácil caminhar de braços dados com a moda e a elegância do segmento clássico que, por princípio, pretendemos preservar”.

Se a Mackjames já era uma marca de calçado topo de gama, a recém-criada Carlos Santos consegue ainda ir mais além. Com uma qualidade irrepreensível, suportada pelos melhores materiais e uma produção quase exclusivamente manual, que envolve sensivelmente 250 operações, o calçado Carlos Santos é uma verdadeira relíquia.

No caso da Fábrica de Calçado Mariano, Ângela Oliveira reconhece que “algumas marcas menos implantadas a nível internacional estão a ter mais procura e têm mesmo crescido no segmento de gama alta, uma vez que possuem alguma competitividade a nível de preço”. Para Ângela Oliveira “nos produtos com utilização de materiais nobres há uma vantagem em relação às marcas de luxo”, na medida em que “o consumidor deste tipo de produtos está a repartir as compras entre «Luxury brands» e outras marcas com um menor prestigio, mas um produto de excelência”. O factor surpresa é igualmente determinante. Desde peles de crocodilos, a jacaré ou pitons, passando pelas peles de peixes variados como a raia, os materiais exóticos são uma das especialidades que a Mariano incorpora a cada colecção.  Uma aposta que será para continuar no futuro.

A produção de calçado de luxo é um segmento de mercado em que apenas meia dúzia de empresas portuguesas actua. Trata-se, no entanto, de um nicho de mercado muito interessante e mesmo com elevado potencial de crescimento futuro.


Fonte: Jornal APICCAPS, Abril.09
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